Como pode um peixe vivo
sair da brancura cândida
e se deleitar no meu íntimo?
Como pôde ele penetrar meu eu,
meu seu, meu nós, meus nós?
Grito aos peixes “venham todos”
e dou-lhes as migalhas.
Dou não. Peço que as peguem.
Aqui dentro.
E se enfiando, me roçando,
procurando, encontrando
eles seguem.
Posso sentir e dou um grito.
Vem sua boca e abafa o apelo
“Venham todos”.
sair da brancura cândida
e se deleitar no meu íntimo?
Como pôde ele penetrar meu eu,
meu seu, meu nós, meus nós?
Grito aos peixes “venham todos”
e dou-lhes as migalhas.
Dou não. Peço que as peguem.
Aqui dentro.
E se enfiando, me roçando,
procurando, encontrando
eles seguem.
Posso sentir e dou um grito.
Vem sua boca e abafa o apelo
“Venham todos”.
2 Comments:
Maravilhoso! Tão discretamente erótico!
Não sabia que Ariani produzia poemas... e belos como este...
Nunca imaginei que a abertura de JK, desse asas a imaginação erótica de alguém...
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